Essa deveria ser a grande
aprendizagem do homem nos tempos atuais... Somos levados a dominar tantas
tecnologias, a guardar inúmeras senhas, a estar por dentro dos últimos
acontecimentos, a fazer check-ins e check-outs (reais e virtuais), a curtir e compartilhar nossa vida e a dos outros... Vivemos um tempo em que as pessoas olham mais para seus celulares e ipods do que para aqueles com quem se divide a mesa... E se não estão acompanhadas, estão com fones de ouvidos, imersas em seu mundinho, ritmando uma vida cada vez mais estereotipada...
Na verdade, tudo isso nos isola de nós mesmos. Qual o tempo que nos sobra ou que dedicamos a pensar nas nossas emoções, nas nossas necessidades mais íntimas (e não me refiro a nada que seja "comerciável")? Qual o tempo que tiramos para ficar em silêncio, estabelecendo um diálogo (ou seria um monólogo?) com nós mesmos?
Esse silêncio incomoda, põe-nos em contato com um eu que deseja se expressar, mas que é abafado e silenciado pela vida moderna... E logo buscamos um som, uma imagem para nos entreter e nos resgatar dessa imersão... O silêncio interno grita; e em vez de ouvi-lo, de socorrê-lo, de nos socorrermos, fugimos... Voltamos para o mundo do barulho, da tecnologia, do tempo apressado e deixamos que outros cuidem de nós... Os psicólogos, terapeutas, personal isso, personal aquilo que deem conta de nossos fantasmas, de nosso eu oculto, porém verdadeiro.
E enquanto eles realizam seu trabalho, tentando fazer com que nós nos conheçamos, nós vamos seguindo: bebemorando com os amigos, tomando um remedinho para dormir e depois um energético para ficarmos acordados... Um antidepressivozinho para encarar o mundo sem pirar; um laxante para aliviar as gasturas intestinais e um Engov depois da noitada do fim de semana...
E assim vamos sendo levados pela vida... Mas que 2014 seja um ano com menos depressões, suicídios, remédios, bebidas, entorpecentes em geral... Que seja um ano em que as pessoas façam mais o que gostam e menos o que simplesmente dá dinheiro... Que seja um ano com menos fones de ouvidos e mais escuta de si mesmo (porque o que tem que ficar martelando na cabeça é a nossa voz interna e não a dos outros)... Que seja um ano com menos ipods e mais autoconhecimento (porque a vida aparente do outro não pode ter mais importância do que as nossas emoções)...
Na verdade, tudo isso nos isola de nós mesmos. Qual o tempo que nos sobra ou que dedicamos a pensar nas nossas emoções, nas nossas necessidades mais íntimas (e não me refiro a nada que seja "comerciável")? Qual o tempo que tiramos para ficar em silêncio, estabelecendo um diálogo (ou seria um monólogo?) com nós mesmos?
Esse silêncio incomoda, põe-nos em contato com um eu que deseja se expressar, mas que é abafado e silenciado pela vida moderna... E logo buscamos um som, uma imagem para nos entreter e nos resgatar dessa imersão... O silêncio interno grita; e em vez de ouvi-lo, de socorrê-lo, de nos socorrermos, fugimos... Voltamos para o mundo do barulho, da tecnologia, do tempo apressado e deixamos que outros cuidem de nós... Os psicólogos, terapeutas, personal isso, personal aquilo que deem conta de nossos fantasmas, de nosso eu oculto, porém verdadeiro.
E enquanto eles realizam seu trabalho, tentando fazer com que nós nos conheçamos, nós vamos seguindo: bebemorando com os amigos, tomando um remedinho para dormir e depois um energético para ficarmos acordados... Um antidepressivozinho para encarar o mundo sem pirar; um laxante para aliviar as gasturas intestinais e um Engov depois da noitada do fim de semana...
E assim vamos sendo levados pela vida... Mas que 2014 seja um ano com menos depressões, suicídios, remédios, bebidas, entorpecentes em geral... Que seja um ano em que as pessoas façam mais o que gostam e menos o que simplesmente dá dinheiro... Que seja um ano com menos fones de ouvidos e mais escuta de si mesmo (porque o que tem que ficar martelando na cabeça é a nossa voz interna e não a dos outros)... Que seja um ano com menos ipods e mais autoconhecimento (porque a vida aparente do outro não pode ter mais importância do que as nossas emoções)...
Que seja, enfim, um ano mais
essência do que aparência; em que o ser humano olhe-se mais, cuide-se mais e
leve a vida de verdade, não se deixando ser,
apenas, levado por ela...