30 dias.
1 mês exato.
Nem mais nem menos...
E todos os 175 dias de preparação até agora começam a gritar
em minha mente, em meu corpo. Estão dizendo a mim que a base foi feita, que o
alicerce está forte. Dizem que o corpo mudou, fortaleceu-se. Dizem que a mente
mudou, deixou de ter tão insegura e imediatista.


Foram 175 dias vivendo o sonho da ultramaratona. Reconhecendo,
nos músculos colocados constantemente à prova, as fraquezas que precisavam ser
deixadas para trás. 175 dias cuidando do corpo físico, entregando-me totalmente
aos conhecimentos da minha treinadora Helayne Montebelo, da minha nutricionista Carol Sessa, do meu fisiatra Fabrício Buzatto.
E agora? Só faltam 30 dias...


30 dias...
Agora é a lapidação.
É o pente fino.
É fazer as malas e colocar nelas toda
a vontade,
toda a bagagem adquirida,
todo o sonho que justificou os 175 dias de
entrega total...
Contagem regressiva para aquela que será minha experiência
mais intensa até hoje; para aquela que vai me transformar (espero) não apenas
na ultramaratonista que quero ser, mas numa pessoa mais resistente. Capaz de vencer
medos, vencer fraquezas, superar corpo e mente para chegar ao êxtase de atravessar
a linha de chegada e dizer “Eu consegui”!
Será muito mais do que uma superação física. Tem sido, sempre, a busca de mim mesma...
"Ao correr tão longas e
extenuantes distâncias eles [os ultramaratonistas] respondem uma chamada do
mais profundo de seu ser – uma chamada que responde quem realmente eles são.” (David
Blaikie).