Por saúde?
Não, o desgaste físico da preparação e da corrida em si extrapola muito o
conceito de correr por saúde física.
Por pódio?
Pelo menos não para mim, pobre mortal das corridas...
Por obrigação?
De jeito nenhum!!!
Então por quê?
Porque eu
quero!
Porque um
desafio como este me mantém VIVA, motivada! Preciso chegar a minha casa depois
de um dia desgastante de trabalho e ter outras perspectivas além de dormir e
simplesmente voltar para o trabalho no dia seguinte...
Porque a
sensação de atravessar a linha de chegada e dizer EU CONSEGUI é só minha e de
mais ninguém!

Porque o
turbilhão de emoções que esta experiência desperta é incomparável: ansiedade,
insegurança, adrenalina (antes da prova); euforia e endorfina (nos quilômetros
iniciais); às vezes até raiva (lá pelos 30 quilômetros e você se pergunta: “que
DIABOS eu estou fazendo aqui??? “); além daquela determinação no final: “quer
saber? É questão de honra terminar essa porcaria!!!”. É mesmo um caso de amor e
ódio como muitos outros da vida...


A maratona me
faz ser mais completa à medida que me faz ser mais forte, mais determinada.
Drauzio Varela diz a respeito disso:
"A maratona
tem uma ligação direta com a vida, com aqueles momentos em que você
é obrigado a fazer um esforço para chegar ao fim. Ela dá essa resistência,
de você saber que está difícil, mas que vai ter que conseguir de qualquer
maneira. A vida é assim: você passa por fases duras, mas persiste porque sabe
aonde quer chegar. A maratona também te dá uma sensação de que você pode.
Quarenta e dois quilômetros? Quem pode correr isso, pode outras coisas
também."
É por isso
tudo e muito mais (que eu não consigo expressar em palavras) que eu corro uma
maratona. Jamais gravaria na minha pele algo que não fosse tão significativo;
jamais tatuaria em mim algo que não fosse tão à flor da minha pele...